Jardim Brasil, Extremo Norte de São Paulo, encostadinho na Serra da Cantareira. O meio do mundo é aqui. E aqui também fica a Casa no Meio do Mundo, um espaço coletivo que articula agentes culturais, comunicadores e agitadores periféricos interessados na transformação social a partir de uma perspectiva hiperlocal.

Ingrid Felix e Jesus dos Santos, integrantes do coletivo, têm ciência do que querem. Militantes do Movimento Cultural das Periferias, ajudaram a elaborar uma lei popular de Fomento à Cultura das Periferias, baseada no índice de desenvolvimento humano das quebradas paulistanas. A lei sancionada em 2016, destina mais recursos para manifestações culturais nas regiões menos assistidas pelo poder público.

Essa experiência das ruas, das lutas e da disputa do orçamento público alimenta a Casa no Meio do Mundo, que articula e forma sujeitos políticos para seguirem na linha de frente para fortalecer o desenvolvimento local, de forma horizontal e com afeto como partes fundamentais desse processo.

 Arte criada pelo Instituto Update em cima de uma das integrantes da Casa no Meio do Mundo, Ingrid Félix. Na foto, uma mulher negra com blusa regata cinza, calça preta, com as pernas cruzadas olha para cima. Ela está sentada em um sofá escuro encostado à parede, com diversos quadros pendurados. No canto direito, há uma aspa branca com para abrir a frase dita por Ingrid O texto, com a fonte em branco e o fundo verde, diz: “O sujeito político periférico não quer mais que falem por si. Ele está no front”. No canto inferior esquerdo, encontra-se o logo preto e branco do Instituto Update. E, no canto inferior direito, está o nome dela com a mesma fonte branca e o verde: “Ingrid Félix”. Abaixo, o nome do coletivo e a cidade: “Casa no Meio do Mundo (São Paulo)”.

Ingrid Felix é uma das integrantes do coletivo e acredita no papel das pessoas para a transformação social (Reprodução/Facebook)